Daniel Chapo convoca VM7 horas depois de ser presidente da república.
Em um cenário político tenso e carregado de simbolismos, Venâncio Mondlane, líder da oposição, não hesitou em expressar sua insatisfação com a situação política de Moçambique, logo após a posse de Daniel Chapo como presidente. Durante um evento que reuniu milhares de pessoas e observadores internacionais, Mondlane fez um discurso afiado, criticando abertamente a FRELIMO pela sua prática histórica de "cabulamento" de promessas e compromissos.
Em suas palavras, Mondlane afirmou: "A FRELIMO tem a arte de cabular horas, como quem foge da responsabilidade de construir um país justo e próspero. Não bastasse o descaso com as promessas feitas ao povo, agora temos uma liderança que, ao tomar posse, se arvora de imitar palavras ditas por outros, como se fosse possível camuflar a falta de ação com belas falácias."
A referência a Daniel Chapo não foi sutil. O novo presidente, em seu discurso de posse, havia citado frases que lembravam o discurso de Venâncio Mondlane, em uma tentativa clara de evocar a memória e a retórica do passado revolucionário. Mondlane, porém, não deixou isso passar em branco. "Imitar palavras de quem já não está mais aqui é fácil", disse ele, "difícil é ter coragem para implementar o que se promete. E a FRELIMO, mais uma vez, nos demonstra que palavras vazias não vão trazer a mudança que este país tanto precisa."
Com esse discurso contundente, Mondlane fez um alerta à sociedade moçambicana, deixando claro que sua luta pela verdadeira transformação do país continuaria, independentemente das imitações e promessas feitas pela liderança da FRELIMO. O contraste entre as palavras de Chapo e a crítica de Mondlane refletiu a profunda divisão política que ainda marca o cenário nacional.
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