Mulher perde bebê na sala de espera enquanto médicos exigem 13º salário
A crise no sistema de saúde em Moçambique continua a evidenciar as fragilidades que já perduram há anos. O não pagamento regular de benefícios, como o 13º salário, têm levado vários sectores a entrar em greve. Desde segunda-feira, os profissionais de saúde estão em paralisação, reivindicando melhores condições de trabalho e o cumprimento de seus direitos.
Na última terça-feira, um caso chocante expôs a gravidade da situação. Elisa, de 28 anos, dirigiu-se ao Hospital Geral de Mavalane com fortes dores abdominais, indicando que havia chegado o momento de dar à luz. Contudo, ao chegar à unidade sanitária, ela encontrou-se sem assistência médica e foi obrigada a esperar por horas na sala de espera. A longa espera resultou na tragédia de perder o seu bebê antes mesmo de receber qualquer atendimento.
Em lágrimas, Elisa relatou à reportagem da TV Sucesso a dor de ver seu sonho de ser mãe destruído. Esperou nove meses por este momento, mas o sonho foi tirado por causa de uma luta que nem é dela, mas da reivindicação do 13º salário.
Enquanto Elisa chorava a perda irreparável, outras grávidas permaneciam na sala de espera, muitas delas segurando as lágrimas e enfrentando dores intensas, aguardando alguém que pudesse atender seus casos. Até o momento em que a equipe da TV Sucesso deixou o local, várias mulheres grávidas continuavam sem assistência, reclamando da ausência de médicos e das condições precárias.
A tragédia vivida por Elisa e outras mulheres no Hospital Geral de Mavalane revela que o décimo terceiro salário ainda vai acabar com vida de inocentes.
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